Nesta quinta-feira (6), policiais da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) cumpriram sete mandados de busca e apreensão em Feira de Santana, expedidos pela comarca da cidade. Segundo o coordenador da 1ª Coorpin, Yves Silva Correia, três homens foram presos em flagrante com armas de fogo, uma pistola, um revólver e duas espingardas.
Equipes do Catti-Sertão, da 2ª Delegacia Territorial e da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos participaram da ação.
Além das armas, foram encontrados com eles maconha, cocaína, crack, uma balança de precisão, carregadores, munições de diversos calibres, uma maquineta de cartão, 48 pinos para embalar entorpecentes e dinheiro em espécie, o que segundo Yves, configura o tráfico de drogas.
É mais uma ação extremamente importante para a cidade de Feira de Santana, para poder dar respostas e sobretudo nas situações que envolvem homicídios e tráfico. Porque a gente sabe que cada arma ilegal retirada de circulação gera uma sensação de segurança ainda maior para a população e são armas que são utilizadas, em última análise, em homicídios, então é importante para a gente seguir firme nesse combate”, declarou o delegado.
Segundo as investigações, os alvos dos mandados são pessoas ligadas a homicídios e a disputa pelo tráfico de drogas na região.
“A maioria dos homicídios tem como motivador maior essa guerra do tráfico, por isso a importância de estar ligando esses delitos e trazendo a tutela penal e processual esses indivíduos para poderem responder porque, como disse, armas retiradas de circulação evitam outros delitos que assolam a população”.
De acordo com Yves, a Polícia Civil de Feira de Santana tem trabalhado em parceria com outros órgãos de segurança, o que tem resultado em prisões significativas para a região.
“Se percebe diariamente. É um trabalho árduo contínuo, remando com outras forças, outras instituições, atuando de forma integrada com a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal e a Federal, com os guardas municipais”.
01 pistola Taurus, Calibre 380
01 espingarda de modelo não identificado
01 espingarda calibre .28
01 revólver calibre .38
06 munições calibre .38
02 carregadores de pistola
26 munições calibre .380
02 balanças de precisão
01 máquina de cartão
02 sacos plásticos contendo substância análoga a cocaína
02 sacos plásticos contendo subtância análoga a maconha
01 embalagem plástica contendo substância análoga a pedra de crack
01 porção contendo substância análoga a sementes de maconha
48 pinos para armazenamento
01 microcâmera
01 cartão de crédito Nubank
01 saco grande contendo expressiva quantidade de um pó branco que aparenta ser cocaína ou material apto ao seu preparo
01 saco menor contendo um pó branco que aparenta ser cocaína ou material apto ao seu preparo
Diversos materiais comumente utilizados para embalar entorpecentes
02 celulares
A Civil também atua em parceria com o Ministério Público, como a última operação realizada na terça-feira (4) contra um centro de recuperação e abrigo para idosos, acusados de irregularidades e maus tratos aos pacientes. O espaço fica localizado na Terra Dura, distrito de Humildes, em Feira de Santana.
“Uma operação extremamente relevante para poder, justamente, tutelar grupos vulneráveis, idosos, pessoas viciadas em drogas, alcoolismo etc., mas que a gente percebe indivíduos que estavam explorando ainda mais essas pessoas vulneráveis e até utilizando de cárcere privado, de métodos de tortura, lesões, enfim, é algo extremo que fere a dignidade da pessoa humana e, ao mesmo tempo, se trata de crime por isso a importância da atuação forte da polícia”, declarou Yves ao Acorda Cidade.
O delegado acrescentou que no local foram encontradas 140 pessoas em situação de vulnerabilidade. O centro está sendo monitorado e, agora, só restam em torno de 20 pessoas para serem remanejadas.
Ainda segundo o coordenador, as investigações em relação ao centro de recuperação seguem e pessoas estão sendo ouvidas para trabalhar em cima de novos elementos para finalizar o inquérito.
“O MP está com a gente, estamos trabalhando dia e noite para descobrir outras situações, outros delitos. Já tem indícios de que esses indivíduos pegavam cartões dessas pessoas, contraiam empréstimos, enfim e, ao que parece, se apropriaram dos valores, então, vamos trabalhar firmes para poder esclarecer tudo o mais rápido possível e dar uma resposta”.
O delegado também confirmou que um homem conduzido durante a operação, responsável pelo centro, continua detido para passar pela audiência de custódia e para o juiz estabelecer se ele deve ou não permanecer preso.