Que não pode haver vida sem água, isso é indiscutível. O que continua sendo discutível é maneira de conscientizar as pessoas, pelos menos aquelas que não atentam para isso e parecem ser a maioria. Em Feira de Santana, através do Movimento Água é Vida, esse é o trabalho do ambientalista Carlos Souza.
“A cada litro de óleo jogado na pia, contamina-se um milhão de litros de água, além disso, é uma contribuição enorme para o entupimento da tubulação, já que o óleo cria uma crosta nos tubos”. A observação do ambientalista Carlos Souza reflete, com perfeição, a importância do trabalho que ele e sua equipe desenvolvem em Feira de Santana e região através do projeto “Agua é Vida” procurando garantir qualidade ao meio ambiente.
Natural de Santo Antônio de Jesus, mas há 33 anos radicado em Feira de Santana o gestor ambiental, desenvolve um trabalho eficiente sendo responsável pelo surgimento do Movimento Água e Vida há 27 anos. Entretanto sua luta é mais ampla, não se limitado apenas ao recolhimento de óleo usado em estabelecimentos comerciais e residenciais para evitar a poluição das fontes hídricas. Ele tem uma ação importante em todo o processo de educação ambiental na comunidade.
Uma das iniciativas de Carlos Souza foi a instituição dos conselhos locais de saúde no âmbito do Conselho de Saúde do Município, estabelecendo paridade formal, ou seja, incluindo 50% de membros da comunidade nos conselhos. Destaca que a medida foi oficializada e continua vigente embora em alguns locais falte mais a presença de representantes da comunidade.
Em 2006 ele promoveu a Primeira Conferência Não Oficial sobre Agua, Saúde e Meio-Ambiente passo inicial para o surgimento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que hoje tem importante missão diante das questões geradas pelas mudanças climáticas. Na segunda conferencia, em 2008 Carlos Souza sugeriu a ampliação do número de membros do Condema de sete para 30, diante da importância do trabalho que desenvolve o órgão. “Não conseguimos ampliar para 30, com pleiteamos, mas houve um aumento significativo para 21 membros,” relata Carlos Souza.
Com formação em Gestão Ambiental ele se dedica à causa e tem conseguido resultados importantes como no caso da tentativa do governo estadual de privatizar a Embasa o que chegou a ser anunciado pelo então governador Cesar Borges. Mediante um Projeto de Iniciativa Privada em 2001, ele se posicionou contra. “Feira contava na ocasião com 260 mil eleitores e nós precisávamos de 5% desse total para dizer não à privatização da água, conseguimos 24.896 foi uma vitória marcante”.
O movimento ganhou corpo no estado e um ano depois a anunciada privatização foi negada por Antônio Carlos Magalhães como consequência das manifestações populares que na cidade de Feira de Santana foram lideradas pelo Movimento Água é Vida. A entidade continua com um trabalho consistente em defesa da água, saúde e meio ambiente.
A educação ambiental – fundamental para o futuro do planeta -, continua sendo disseminada pelo gestor ambiental Carlos Souza em estabelecimentos educacionais, igrejas, empresas de diversos segmentos, órgãos governamentais das três esferas e entidades sociais. “É um trabalho de equipe que precisa ser renovado todos os dias para que as pessoas tenham consciência da realidade. Não podemos parar assim como a Terra não pode deixar de girar”, assinala Carlos Souza, consciente de que a missão que iniciou há 27 anos tem que continuar”.
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Por Zadir Marques Porto